sábado, 6 de junho de 2009

UMA JOVEM DE EDLING TRANSFORMA O MUNDO

Foi a 1º de janeiro de 1833

quando, em Edlingue, foi colocada no berço da família de comerciantes, uma menina: Francisca, a quinta filha.

Ser uma das 7 irmãs, isto marca. Crescer numa aldeia, calma naquela época, isto marca. Morar no centro do povoado, bem perto da Igreja, do cemitério e da casa paroquial, isto marca. Ser filha de comerciante, em cuja casa os clientes entram e saem, alguns anos mais tarde acompanhar o pai a Wasserburg e atender no local da venda, isto marca.

Ela era uma autêntica edlingense: o dialeto local, o som dos sinos da Igreja de Edling, o vento frio, vindo das montanhas de Tirol, a cozinha materna, a comunidade do povoado com todos os seus problemas e suas alegrias, a comunidade da Igreja, tudo isto era-lhe familiar como o é para os moradores de Edling, hoje.

Era uma pessoa social: não só as filhas dos Lechner, também as crianças da vizinhança brincavam no grande pomar e do alto da legendária pereira, Franci repetia e explicava ao grupo de crianças o sermão do pároco.

Todas as pessoas deviam ouvir sobre o bom Deus, também as da longínqua África. Com o pequeno primo Xavier pôs-se a caminho para lá, uma decisão que, é claro, logo teve o seu final no povoado vizinho, na casa dos tios, onde pretendiam apenas fazer uma curta parada.

O futuro de Franci estava, na verdade, pré-estabelecido. A jovem hábil e desembaraçada devia assumir os negócios do pai, casar, como todas as jovens da redondeza e, numa família colocar pequenos edlingenses no mundo.

E tudo foi deferente:

Francisca teimou. Ela queria continuar indo a escola. Ela desejava para si uma boa formação profissional, ela queria, com seu trabalho, ajudar pessoas pobres, ensinar a crianças, ser ativa na Igreja.

Em altôtting ela buscou, de acordo com velhos e bons costumes, ânimo e clareza para partida. E, enfim, os pais deixaram-na partir.

Como todo jovem, ela passou por uma fase de busca: O que posso fazer? De que eu disponho? Que possibilidades eu tenho? Onde serei necessária? Quem me quer?

Chegou a preparação para exercer o magistério, a experiência na Vida Religiosa, a experiência do trabalho com crianças, com jovens, um significativo trabalho em conjunto na fundação de uma escola para filhas de agricultores alpestres, na Suíça, depois, um lar para crianças, em Ebersberg, perto da terra natal. No entanto, nada disto é o certo. Francisca fica no encalço de uma missão que vai se definindo aos poucos, pois tem um sonho difuso diante de si, o qual vai se esclarecendo passo a passo.

Em 1867, a jovem de 35 anos se encontra diante de um novo começo. Depois destes anos em que o caminho era a meta, parece surgir uma concretização: Francisca viaja para Viena.

Continua no próximo número.

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