sábado, 6 de junho de 2009

UM AMPLO MUNDO COLORIDO DE VIDA RELIGIOSA:AS FILHAS DO AMOR DIVINO


Entre San Diego, na Califórnia, bem no Ocidente, e Poltawa, na Ucrânia, bem no Oriente, entre Greifswald, em Mecklenbur-Pomerânia, bem no Norte e Porto Alegre, no Sul do Brasil, vivem, rezam e trabalham as Filhas do Amor Divino.
Todas juntas formam uma Congregação internacional. Houve um tempo no qual esta comunidade era constituída por mulher: Francisca Lechner(35), uma bem preparada professora de artes industriais com experiência em Serviço Social, educação e ensino.
Ela veio da Baviera par Viena e fundou aqui uma comunidade religiosa – a saber, a única Congregação feminina surgida em Viena no Século XIX – no dia 21 de novembro de 1968, portanto há 140 anos.
A Novel Congregação dedicou-se:
Às jovens, que naquele tempo vinham em massa para Viena para encontrar aqui trabalho e pão, oferecendo-lhe hospedagem, formação, educação e acompanhamento profissional.
Às crianças, principalmente as necessitadas, órfãs, marginalizadas e àquelas cujas mães eram empregadas; em seguida manteve escolas para crianças e jovens até à maturidade profissional, orfanatos internatos, creches.
A todos os poderes que não conseguiam ganhar seu sustento e passavam necessidade, de modo especial as empregadas domésticas que careciam de seguro e que tornaram incapazes para o trabalho.

Na primeira fase do seu desenvolvimento surgiram em rápida sucessão conventos em Troppau, Brünn, Budapest, Prag, Sarajewo, Krakau, Velke Levare, mas também em Breitenfurt, em St. Andrã na Caríntia, em Viena (na Lacknergasse e na Jacqquingasse) e em HochstraB perto de St. Pölten. Todas estas nações pertenciam naquele tempo à Monarquia.
Em 1913 as Irmãs arriscaram transpor o “grande mar” aportando nos Estados Unidos da América do Norte: dedicaram-se lá, de imediato, mas não exclusivamente, à educação dos filhos de imigrantes vindos da Hungria e da então Jugoslávia.
No ano seguinte surgiu a primeira pequena escola na diáspora, na Inglaterra. Em 1920 iniciou a grande aventura da missão no Brasil, o caminho ao Terceiro Mundo. Com o fim da Primeira Guerra Mundial a monarquia desintegrou-se em países, separando as Irmãs umas das outras por fronteiras políticas. A grande Congregação dividiu-se em Províncias, de acordo com as fronteiras lingüísticas e dos países. Apesar disso, dava-se prioridade ao comum, ao que une e não ao que separa. Desde então as línguas estrangeiras tornaram-se ainda mais importantes.
Depois veio a Segunda Guerra Mundial, um período difícil para todos. O processo de beatificação de cinco Irmãs, que na Bósnia tiveram de deixar a vida por causa de seus votos religiosos, está na sua fase conclusiva. Na Áustria nossa escolas foram fechadas. Em 1945, quando a situação na Europa livre melhorou, nos Estados do Bloco Oriental teve início um período de Perseguição política para as Irmãs e a “Cortina de Ferro” mantinha as Províncias, de deixar os conventos e abrigar-se em casas particulares ou viver em campos de concentração, sem poder trabalhar nas suas profissões. Aos poucos as fronteiras tornavam-se mas permeáveis até que, com a virgem, houve a queda da Cortina de Ferro, podendo as Irmãs voltar a viver em comunidades e retornar o seu trabalho. A partir de então muita coisa mudou naquelas Províncias.
Com o concílio sopravam ventos refrescantes. As técnicas facilitadas dos meios de comunicação e de transporte aproximaram mais as Irmãs umas das outras. Estudo de línguas e instalações de tradução simultânea vem por acréscimo. Além de entender-nos também podemos comunicar-nos bastante bem. Somos “global players” (atrizes mundiais). O Generalato está desde 1968 em Grottaferrata, perto de Roma.
Hoje as Irmãs trabalham em escolas, na educação e na formação feminina, em hospitais e ambulatórios, em instituições paroquiais e diocesanas, realizam serviço social entre os pobres. Ainda há muito que fazer.
Nos últimos anos intensificou-se a presença das Filhas HojejeHodo Amor Divino em focos de maior necessidade. A gente nos países ex-comunistas da Albânia, da Ucrânia precisam ajuda, a Província Polonesa erigiu três comunidades na Bolívia.
As Irmãs das Províncias Brasileiras trabalham em favelas das metrópoles, em regiões de miséria do Norte e em novos estabelecimentos no Equador.
Desde 1998 um grupo internacional de Irmãs em Rushooka, na Uganda e um segundo, faz um ano, junto a Mbarara: formação e educação de mulheres, cuidado de crianças, programas simples de autoajuda econômica, enfermagem. Ajudam bem no espírito da Fundadora. Três noviças de cor negra são as precursoras das Filhas do Amor Divino africanas.
De momento a Congregação conta 12 Províncias, assim situadas: na Áustria (e Alemanha), na República Tcheca, na Hungria, nos Estados da ex-Jugoslávia (Croácia, Bósnia, Kosovo, Albânia, Alemanha e Suíça), na Polônia (Itália, Bolívia e Ucrânia), na Eslováquia, na Inglaterra, três Províncias em USA e duas Províncias no Brasil (a do sul tem uma comunidade na Itália e duas no Equador). O Generalato encontra-se na Itália. Dele depende a missão da Uganda em 12 Províncias 1.228 Irmãs em 19 nações visível o Amor de Deus.

Viena, setembro de 2008.

Irmã M. Magna André, FDC

Província Austríaca da Congregação das Filhas do Amor Divino
Jacquingasse 12-14, 1030 Wien
http://www.lebenssinn.at/


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As inclusões entre parênteses são da tradutora: Irmã Maria Therezia Hetzel, FDC


Caminhando com MADRE FRANCISCA. Revista da Congregação FDC. Nº 87 – Outubro-novembro-dezembro-2008.

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